segunda-feira, junho 12, 2006

Freirinhas sanguinárias

Ontem, a televisao mostrou três freiras numa arena, assistindo a uma tourada. Imagem inusitada. Para minha surpresa, elas nao estavam em silêncio, como meras espectadoras. Ao contrário. Levantavam e agitavam freneticamente os lenços brancos, pedindo que o presidente da arena autorizasse o corte de uma orelha do touro - para dar como troféu ao toureiro. Elas realmente vibravam com os meneios do touro e do toureiro. Talvez minha surpresa resida no fato de que eu nao posso suportar a agonia do touro e nem o cheiro de sangue que se espalha pelo ambiente todo. Acho que fiquei perplexa quando notei que elas nem ligavam para a absurda falta de ar e de força do touro, que morria lentamente, com dois metros de língua para fora.
Concluo que perdi um pouco da história da evoluçao das freiras. Nao tinha percebido que elas tinham abandonados os colégios, hospitais, paróquias...
Conservo uma imagem equivocada delas. Uma imagem em que elas cuidam dos doentes, enfermos, desprotegidos, discriminados, desolados, desamparados...
Agora, elas se vestem de branco, (de domingo?) e vao para as praças de touros gritar e pedir mais sangue. Viche Maria!!!

11 comentários:

Anónimo disse...

Tens certeza de que eram freiras de verdade?Verdade, verdadeira? Não era fantasia de freira?Nunca imaginei que havia essas coisas estranhas.E também nunca vi freira torcendo pelas desgraças alheias. Padre, eu já vi; freira, não. O mundo tá mudado...

Ana disse...

Oh, céus!!

Telejornalismo Fabico disse...

*



huáhuáhuáhuáhuá

que história maravilhosa, thelma.
isso dá um conto!

buenas, acho que a gente é um pouco ingênuo em acreditar que elas se "domam" completamente, perdem os desejos, instintos e o tesão.
balela, ninguém consegue fazer isso.
se coseguisse, todos os criminosos seriam reprogramados, os políticos seriam 100% honestos e a vida seria uma chatice.

mas te confesso que tenho muita curiosidade em ver uma tourada.
ok, eu sou meio neandertal e não nego.

não que eu seja a favor da violência, não é isso, mas há tradições seculares que eu acho que têm uma razão de ser.


*

Marcia disse...

recuei duas vezes de uma tourada.
na verdade tive um medo terrível de gostar.
freud explica?

Anónimo disse...

eu deixei de mitificar as freiras depois que fui viver em um convento. e se tem algo que detesto mesmo daqui são as touradas. nunca vi uma, nem pela tv. não suporto.

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