quinta-feira, setembro 21, 2006

Dia Mundial de Alzheimer

Sofrer de Alzheimer eh viver sem identidade. O portador desta enfermidade deixa de se reconhecer, de reconhecer os que o rodeiam e de reconhecer os lugares que lhe sao significativos. Mas isso nao eh de uma hora para a outra. Existem momentos de lucidez. Estes momentos, quando o paciente se da conta do que esta acontecendo, sao acompanhados de enorme sofrimento. Eh uma doenca estranha...muito estranha. O deterioro global e progressivo das funcoes intelectuais e da personalidade provocam reacoes estranhas e diversas das habituais.

Esta enfermidade tem duplo alvo, pois ataca o doente e a sua familia. Normalmente, acontece uma desarrumacao familiar. Eh bastante dificil de manter a tranquilidade e a serenidade que o paciente necessita.

Eu vivi 4 anos em contato direto com portadores de Alzheimer. Na verdade, eu cuidei especialmente de duas pessoas e convivi com muitas outras, em um centro geriatrico especializado nesta enfermidade. Esta experiencia realmente me tocou e despertou minha curiosidade para este enigma cientifico. Hoje, leio tudo o que me cai nas maos sobre a doenca. E desejo intensamente que as investigacoes neste campo sejam cada vez mais incentivadas e aprofundadas, para produzir logo resultados eficazes e suavizar a dor de tanta gente.

3 comentários:

Anónimo disse...

Também desejo que as pesquisas nessa área sejam cada dia mais valorizadas e efetivas. Infelizmente hoje ainda se usa alguns remédios sem nem saber se eles farão efeito. É na base de tentativas.
Enquanto não se tem a cura, o que se pode fazer é dar muito carinho a essas pessoas para que nos momentos de lucidez elas se sentiam amadas e protegidas.

Ana disse...

Nunca esqueci daquilo que contaste aqui, da tua convivência com aquelas senhoras...
Sei, por experiência própria, que todas as enfermidades que deprimem ou afetam o comportamento e a memória acabam por afetar a família inteira.
É difícil, doloroso, delicado, e requer muito esclarecimento e ajuda.
Também rezo pelo avanço nas pesquisas e descobertas de forma de prevenção e cura destas doenças.

Luiz Felipe Botelho disse...

Só pra te cumprimentar, Thelma, pelo trabalho bonito. A mãe de uma amiga bem próxima sofria desse mal e lembro do quanto foi doloroso para ambas.