A imigraçao na Espanha suscita muitas discussoes na Comunidade Européia. Nem todos os países aprovam a política do presidente Zapatero, um socialista supostamente tranquilo e bem intencionado. França e Alemanha, os dois países mais desenvolvidos economicamente, sao os maiores críticos da política social que vem sendo aplicada neste país.
Zapatero legalizou milhares de imigrantes que viviam na Espanha e que trabalhavam ilegalmente neste país. A notícia caiu como uma bomba nos demais países, que exigiam continuar com a política de expulsar os estrangeiros encontrados, mesmo que estes trabalhassem informalmente como garçons, faxineiras, cozinheiros, enfermeiros residenciais, babás, etc... - trabalhos que os europeus se negam a realizar.
Zapatero, desde que assumiu a presidência, argumentava que os imigrantes, ao serem legalizados, contribuiriam para azeitar a economia e o sistema de saúde - entre outras coisas - e que impulsionariam o crescimento do país. Foram semanas e semanas de discussoes acaloradas. Numa atitude corajosa, ele legalizou milhares de imigrantes bolivianos, colombianos, marroquinos, argentinos, venezuelanos, cubanos, peruanos, brasileiros e africanos em geral...e, a partir daí, começou o fenômeno da integraçao oficial das culturas. O presidente nao deu só o canetaço legalizador para este enorme contingente de pessoas. Ele investiu grandes quantidades de dinheiro no setor social, objetivando acomodar esta gente da melhor maneira possível. Obviamente, os da direita - na Espanha - chiaram muito. Continuam chiando.
França e Alemanha também permanecem esbravejando e sentindo-se ameaçadas com o número de imigrantes que passou a ser cidadao europeu - com os mesmos direitos e deveres dos nativos. Com tal legalizaçao, os imigrantes podem se deslocar por toda a Comunidade Européia - e é aí que reside o temor destes dois países. Mas Zapatero seguiu em frente com seu processo de integraçao sociocultural.
Hoje já se vê alguns resultados da decisao de Zapatero. Os imigrantes legalizados contribuem com os importos instituídos por este país e, com isso, movem a economia, a saúde, o comércio, os transportes, as vivendas, o turismo...
Mas a grande surpresa da legalizaçao dos imigrantes, que ninguém discutia naquela época, foi o índice de natalidade. Nos últimos dois anos, para alegria de todos, o índice de natalidade cresceu surpreendentemente. Esta era uma grande preocupaçao dos governantes, porque a Europa tem uma enorme populaçao de velhos e, nos últimos anos, o índice de natalidade tinha caído vertiginosamente.
Como as crianças nao nasciam, as escolas e as universidades estavam fechando. Nos níveis iniciais, tinham cinco ou seis alunos apenas em cada classe. O ensino superior, que é super valorizado no velho continente, estava sofrendo baixas alarmantes. As universidades estavam fechando cursos e deslocando professores, porque o número de alunos que entrava na universidade era dramaticamente pequeno. Neste sentido, as universidades espanholas perceberam que os países da América do Sul eram um filao pouco explorado...e se dedicaram a atrair alunos do terceiro mundo.
Parece evidente que a política de Zapatero trouxe um novo ar a este país envelhecido.
Ainda leio muita crítica à política de imigraçao de Zapatero, mas nao tenho dúvidas que sao reclamaçoes dos puristas - dos que nao aceitam misturar-se com os imigrantes que vêm da América do Sul, porque os consideram inferiores. Esquecem-se que estes países sempre estiveram de braços abertos para os povos da Península Ibérica quando estes necessitaram sobreviver aos momentos de guerra e de fome.
sábado, janeiro 28, 2006
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2 comentários:
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