sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Visão do conflito

Este é o Ministro de Defesa de Israel, Amir Peretz. Ele está olhando uns exercícios militares, em Golam. Será que esta é a visao dos israelitas sobre o conflito com os palestinos?

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

O nível dos alunos

Todos os anos, depois do vestibular, sao divulgadas algumas frases, idéias e/ou conclusoes escritas pelos futuros universitários. Acabo de ler o texto de Fernando Gonçalves, na página do Libertas, onde ele apresenta algumas "apreciaçoes" elaboradas pelos alunos no exame deste ano. Trouxe umas para cá:

Conhecimentos Gerais:
– O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de necessidades;
- A insônia consiste em dormir ao contrário;
- A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva.

História:
– Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor;
- O Hino Nacional Francês se chama La Mayonèse;
- Na Grécia, a democracia funcionava muito bem porque os que não estavam de acordo se envenenavam;

Geografia:
– O Chile é um país muito alto e magro;
- A Terra é um dos planetas mais conhecidos no mundo;
- As constelações servem para esclarecer a noite;
- O clima de São Paulo é assim: quando faz frio é inverno, quando faz calor é verão, quando tem flores é primavera, quando tem frutas é outono e quando chove é inundação.

Ciências, Física, Química e Biologia:
- O sol nos dá luz, calor e turistas;
- A principal função da raiz é se enterrar;
- O nervo ótico transmite idéias luminosas ao cérebro;
- Ecologia é o estudo dos ecos, isto é, da ida e vinda dos sons;
- Antibióticos são esses remédios que os médicos receitam para liquidar com a febre dos doentes, mas muitas vezes liquidam é com o doente;
- Princípio de Arquimedes: todo corpo mergulhado na água, sai completamente molhado.

Impressionante! Com este quadro, nao tenho dúvidas de que a saída para o nosso país é priorizar e investir completamente na educaçao.

Perdas importantes

Ultimamente tenho recebido notícias de mortes: mortes de pessoas queridas minhas e mortes de pessoas queridas de amigos meus. Sao perdas que realmente mexem com a nossa existência.
No dia 16 de janeiro, vivi o falecimento de outra de "minhas" velhinhas. Em vários posts eu falei das duas velhinhas, irmas, que eu cuidei desde que cheguei aqui. Uma delas morreu no ano passado; a outra, no mês passado. Estive junto dela, em Bilbao, e fiquei bastante abalada com suas horas finais. Quando saí do funeral, levava dentro de mim uma sensaçao de vazio e de tristeza profunda. Já tinha sentido isso em outros momentos, especialmente quando morreu o meu pai, há 3 anos, depois de 20 anos do falecimento de minha mae. É uma sensaçao estranha esta de perder os vínculos verticais. É difícil explicar este sentimento. Pode que nao seja um sentimento comum, que seja próprio.
Penso que, agora, com quase 50 anos, posso representar um vínculo assim para os inúmeros "sobrinhos" que tenho pelo mundo. Talvez algum deles sinta o mesmo que eu, quando chegue a minha vez de partir. E pode ser que nao... que seja só a minha expectativa de ser especial para eles. Sei lá...só sei que as vivências de morte me fazem querer viver o que me resta de vida da forma mais coerente possível com a minha essência. E a minha essência está pedindo a gritos que eu realize algumas mudanças urgentes, que iniciarei já.

Freira friki

A irma Judith Zoebelein é a responsável pelo departamento de Internet do Vaticano. As páginas que ela prepara recebem entre 11 e 15 milhoes de visitas por dia. Numa entrevista, ela afirmou: "Nao sabemos que sistema operativo usa Deus, mas nós usamos Linux." Moderna e humorada.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Transporte coletivo

Quando vi esta foto do ônibus lotadinho - dentro e fora -, pensei que podia ser em algum país da África. Depois, pensei que podia ser no interior do Brasil. Nem uma e nem outra: a foto foi tirada na Índia, perto de Calcutá. Um ônibus pau-de-arara.
Vendo a foto, lembrei de uma ocasiao em que andei de pau-de-arara, e que adorei!!! Foi numa noite de lua cheíssima, onde as dunas de areia pareciam focos prateados. A visao daquelas dunas à noite era de uma beleza indescritível. Eu me sentia no deserto do Saara.
Naquela época, a única maneira de chegar a Jericoacoara, no Ceará, era através de veículos com traçao nas 4 rodas. Emocionante!
Chegando lá, parecia que estávamos no estrangeiro, porque haviam suiços, franceses, alemaes, italianos, suecos... As pousadas, restaurantes e bares eram de estrangeiros.
As luzes de Jericoacoara apagavam às 22 horas, e nao existia gerador. Só lampiao. Quando apagava a luz, o movimento começava. O povo todo saía para a rua. A luz da lua se encarregava de promover os encontros. Ziguezagueávamos e conversávamos até alta madrugada ou até amanhecer o dia. Bem bonzinho!
Foto: www.20minutos.es

As viúvas da guerra

Tenho verdadeiro horror às guerras. Nao entendo a opçao de alguns países na resoluçao de seus conflitos, e nao entendo que os demais países da humanidade assistam ao exercício de poder dos mais fortes sobre os mais débeis sem tentar efetivamente impedir a situaçao bélica.
A foto acima mostra um grupo de mulheres do Afeganistao, viúvas, esperando suas raçoes semanais de comidas, num centro de distribuiçao de trigo, azeite e lentilhas. Este centro alimenta a umas dez mil viúvas e umas cinquenta mil crianças. Nao é uma foto explicitamente trágica, mas é uma foto que toca o coraçao e que tem um significado evidente: a destruiçao dos núcleos familiares, com tudo o que isso implica.
Foto: www.2ominutos.com

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Chuva e tranquilidade

Outra foto linda da Bica! Ela fica o ano todo na praia, fotografando até a respiraçao de quem passa diante de sua casa. Seu olho artístico nao perde nada.
Esta foto ilustra os dias que ela, Márcia e tio Maneco estao vivendo no sul do país: com chuva e muita tranquilidade. Saudade de vcs!

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Os povoados brancos da Andaluzia




Estava buscando umas rotas espanholas para enviar ao meu irmao, Jayme, que virá no dia 01 de maio para um congresso em Sevilha. Depois do congresso, e antes de vir para Madrid, ele quer dar uma volta de carro pela Andaluzia. Encontrei a rota dos pueblos blancos e fiquei fascinada. Há muito tempo que ouço falar destes lugares, mas ainda nao cheguei lá. Há dois dias, publiquei aqui no blog umas fotos de flores na janela. Pois os pueblos blancos sao todos assim. Sao núcleos urbanos entre montanhas, completamente brancos (...rsss...juro!) e com flores na sacadas/varandas.
Cada ano, depois do invernos e das chuvas, os moradores passam cal nas casas para manter este aspecto claro, limpo e de esplendor. A cor branca das casas é quebrada pelo colorido exuberante das flores. As ruas estreitas cheiram a flores. Deve ser uma delícia!
Dizem que o ato de branquear as casas tem um sentido pagao de anunciar a chegada da nova temporada e o tempo de fertilidade.
Um dos sites que visitei explicava que estes pueblos foram fundados pelos bereberes, que se estabeleceram na Península em 711 e que aqui permaneceram por 8 séculos. Este povo nômade escolheu uma terra similar a que tinha deixado no norte da África. Os bereberes escolheram as montanhas, temendo invasoes. Nao escolheram mal, porque as vistas sao esplêndidas! Dizem...

Um outro carnaval

(foto: 20 minutos)

domingo, fevereiro 18, 2007

Novamente, as diferenças culturais

Na Índia, anualmente, ocorrem 2,5 milhoes de assassinatos de meninas. Este número aumentou com a ecografia, que revela o sexo da criança durante a gravidez. Os feticidios e os assassinatos ocorrem porque os pais preferem matar as suas filhas que pagar um dote à família do noivo, no momento de pactar o casamento.
Para diminuir esta cifra - cifra! -, o governo colocará berços em todos os distritos do país, para que os pais possam abandonar suas recém-nascidas meninas.
A Ministra da Mulher e do Desenvolvimento Infantil deste país declara que nao importa se a medida pode incentivar o abandono das crianças. Segundo suas palavras, o berço é melhor do que a morte. E tudo pelo valor cultural do dote!
Que triste!!!
Entendo que seja triste do ponto de vista da cultura em que vivemos, porque para eles nao tem nada de triste. É a realidade. É a sobrevivência. A vida tem outro valor: o valor de um dote. Duela a quem duela.

O meu carnaval

Já que este ano eu nao quis participar dos carnavais, selecionei alguns filmes para rever nestes dias de momo. E estou aqui, no sofá de casa, fazendo catarses. Rio e choro com a mesma intensidade.
Os filmes sao:
a) de Woody Allen - Zelig, Interiores, Hanahh e suas irmas, Manhatan e Annie Hall;
b) de Tornatore - Estamos todos bem;
c) de Bergman - Sonata de Outono e Gritos e Sussuros
d) de Saura - Ana e os Lobos, Cria Cuervos e Carmen
e) de Fellini - Amarcord e La Dolce Vita;
Me faltam os franceses...mas a maratona continua. Aceito dicas para esta (re)visitaçao cinematográfica. Também gostaria de solicitar dicas sobre os filmes brasileiros dos dois últimos anos.