Hoje, depois de ler os blogs habituais - leituras diárias -, dediquei um tempo para passear por blogs distintos, nunca antes navegados. Tive boas surpresas. Gosto muitíssimo desta criaçao textual e da forma como as pessoas se colocam!
Uma coisa me chamou a atençao: vários blogs falam que só agora o ano de 2006 está iniciando - depois das férias e do carnaval. Alguns blogs até contêm felicitaçoes de Ano Novo. Será que é assim mesmo que o povo sente ou é uma brincadeira generalizada?
sábado, março 04, 2006
Cama grande
Li hoje no blog Ella:
Eu quero uma cama king-size, seis traveseiros de plumas, roupa de cama de algodão e um edredom branco, dormir 10 horas seguidas...
Eu também!!!!!
Eu quero uma cama king-size, seis traveseiros de plumas, roupa de cama de algodão e um edredom branco, dormir 10 horas seguidas...
Eu também!!!!!
A dor e a alegria de elaborar uma tese
A concretização de uma tese doutoral representa anos de leituras, reflexões, anotações, elocubrações, buscas, encontros e desencontros. Vivemos momentos de otimismo e de desânimo, de disposição e de depressão, de certezas e de dúvidas. É um longo e duro processo. Na medida em que avançamos, vão surgindo as dificuldades típicas de cada etapa. A resolução gradativa destas dificuldades exige capacidade de decisão, de determinação, de adaptação, de síntese e de claridade de objetivos, entre outras coisas. E isso não é nada fácil! Mas, devagarinho, vamos derrubando os obstáculos.
O caminho é bastante solitário. Mesmo que tenhamos muitos companheiros de aula, cada um tem o seu tema e cada um busca coisas diferentes. É verdade que as conversações sobre as teses são inesgotáveis, e que aprendemos muito com elas, mas chega um momento em que ninguém mais pode ajudar na nossa investigação. É o momento do grande diálogo: investigador e texto. Na hora de colocar tudo no papel, da forma em que acreditamos e desejamos, a interação acontece só entre o investigador e o texto. É o momento da máxima concentração, onde 12 ou 14 horas podem passar tranquilamente, sem que sintamos o correr das horas. É uma delícia!
Talvez o momento mais difícil deste período todo seja começar a escrever e a reunir todas as informações obtidas. Neste momento, nossa escrita ainda não tem uma identidade. É um amontoado de coisas que necessitamos para a nossa aprendizagem. Aos poucos, vamos delimitando as fronteiras do estudo, descobrindo as fontes principais sobre o tema, entendendo o diálogo criativo que se estabelece entre os autores que se relacionam diretamente com a nossa investigação, compreendendo a dinâmica e a metodologia de outros estudos...e vamos aumentando o nosso conhecimento sobre o tema elegido! Isso aparece claramente na nossa escrita. A forma como começamos a redatar a tese não tem nada a ver com a forma como terminamos de redatá-la. A evolução das idéias e o crescimento pessoal são perceptíveis e vão aparecendo nas constantes reelaborações do texto.
Quando me refiro ao crescimento ou ao desenvolvimento pessoal, não estou me referindo apenas ao desenvolvimento cognitivo. Esta caminhada significa desenvolvimento interpessoal e intrapessoal também. Vamos ouvindo uma coisa aqui, outra ali, vamos processando tudo dentro de nós, e vamos tomando decisões cada vez mais maduras e conseqüentes com os objetivos estabelecidos. É um crescimento acadêmico e pessoal. É um vai-junto.
No meu caso, por estranhas razões vim parar em Bilbao e aqui vivi estes momentos acadêmicos e pessoais. Nesta cidade vivi todo o processo de início, meio e finalização da tese. Nunca me arrependi de ter feito a travessia do charco, embora o início tenha sido bastante duro. Ter mudado de continente, de costumes, de língua e de referências cotidianas me fez descobrir uma outra cultura admirável, que toca a minha essência - como eu não imaginava que isso pudesse acontecer! Todos estes novos conhecimentos, ampliados, vividos nesta banda da terra, integraram-se a minha brasilidade de sempre – visceral e espiritual. Isso gera em mim um sentimento de que sou uma pessoa privilegiada. Sou privilegiada porque pude viver um longo e importante processo de aprendizagem, em todos os âmbitos, quando um número bastante significativo de brasileiros não tem acesso aos estudos – por conta de políticas educativas surrealistas (leiam o interessante artigo do senador Cristóvao Buarque) e da situação econômica e social do povo brasileiro.
Toda esta conversa é para animar e incentivar a Cidinha, a Andrea, o Sean, a Sandra, a Anlene e todos os que estão neste caminho, vivendo suas experiências próprias. Tenham a certeza de que aprender é dor, suor e alegria, mas chegar ao final é só alegria! Alegria pura! Final da tese ou da meta proposta, naturalmente, porque a aprendizagem continua.
O caminho é bastante solitário. Mesmo que tenhamos muitos companheiros de aula, cada um tem o seu tema e cada um busca coisas diferentes. É verdade que as conversações sobre as teses são inesgotáveis, e que aprendemos muito com elas, mas chega um momento em que ninguém mais pode ajudar na nossa investigação. É o momento do grande diálogo: investigador e texto. Na hora de colocar tudo no papel, da forma em que acreditamos e desejamos, a interação acontece só entre o investigador e o texto. É o momento da máxima concentração, onde 12 ou 14 horas podem passar tranquilamente, sem que sintamos o correr das horas. É uma delícia!
Talvez o momento mais difícil deste período todo seja começar a escrever e a reunir todas as informações obtidas. Neste momento, nossa escrita ainda não tem uma identidade. É um amontoado de coisas que necessitamos para a nossa aprendizagem. Aos poucos, vamos delimitando as fronteiras do estudo, descobrindo as fontes principais sobre o tema, entendendo o diálogo criativo que se estabelece entre os autores que se relacionam diretamente com a nossa investigação, compreendendo a dinâmica e a metodologia de outros estudos...e vamos aumentando o nosso conhecimento sobre o tema elegido! Isso aparece claramente na nossa escrita. A forma como começamos a redatar a tese não tem nada a ver com a forma como terminamos de redatá-la. A evolução das idéias e o crescimento pessoal são perceptíveis e vão aparecendo nas constantes reelaborações do texto.
Quando me refiro ao crescimento ou ao desenvolvimento pessoal, não estou me referindo apenas ao desenvolvimento cognitivo. Esta caminhada significa desenvolvimento interpessoal e intrapessoal também. Vamos ouvindo uma coisa aqui, outra ali, vamos processando tudo dentro de nós, e vamos tomando decisões cada vez mais maduras e conseqüentes com os objetivos estabelecidos. É um crescimento acadêmico e pessoal. É um vai-junto.
No meu caso, por estranhas razões vim parar em Bilbao e aqui vivi estes momentos acadêmicos e pessoais. Nesta cidade vivi todo o processo de início, meio e finalização da tese. Nunca me arrependi de ter feito a travessia do charco, embora o início tenha sido bastante duro. Ter mudado de continente, de costumes, de língua e de referências cotidianas me fez descobrir uma outra cultura admirável, que toca a minha essência - como eu não imaginava que isso pudesse acontecer! Todos estes novos conhecimentos, ampliados, vividos nesta banda da terra, integraram-se a minha brasilidade de sempre – visceral e espiritual. Isso gera em mim um sentimento de que sou uma pessoa privilegiada. Sou privilegiada porque pude viver um longo e importante processo de aprendizagem, em todos os âmbitos, quando um número bastante significativo de brasileiros não tem acesso aos estudos – por conta de políticas educativas surrealistas (leiam o interessante artigo do senador Cristóvao Buarque) e da situação econômica e social do povo brasileiro.
Toda esta conversa é para animar e incentivar a Cidinha, a Andrea, o Sean, a Sandra, a Anlene e todos os que estão neste caminho, vivendo suas experiências próprias. Tenham a certeza de que aprender é dor, suor e alegria, mas chegar ao final é só alegria! Alegria pura! Final da tese ou da meta proposta, naturalmente, porque a aprendizagem continua.
quarta-feira, março 01, 2006
Lavras tem VG
O sul maravilha também tem bom carnaval!!! Eu fico falando no Recife e em Olinda, mas o sul é fera também - dizem os gaúchos! Neste momento do ano, principalmente, minha alma é de Pernambuco - mas nao vou anunciar muito para que meus conterrâneos nao se aborreçam comigo.
Soube que, em Lavras, no RS, tem um bloco super animado que se chama VG (Vai de Qualquer Geito), que é a atraçao da cidade. Nele, participam ativamente os habitantes da cidade e os ex-habitantes - os que já vivem suas vidas em outras cidades. Todos os que podem se reúnem nesta época para brincar o carnaval. É o (re)encontro do ano!
Soube que, em Lavras, no RS, tem um bloco super animado que se chama VG (Vai de Qualquer Geito), que é a atraçao da cidade. Nele, participam ativamente os habitantes da cidade e os ex-habitantes - os que já vivem suas vidas em outras cidades. Todos os que podem se reúnem nesta época para brincar o carnaval. É o (re)encontro do ano!
Uma participante ativa do VG é a Ana Lúcia (http://roccana2.blogspot.com) e (http://roccana.blogspot.com) , escritora e poetisa gaúcha, que se desloca de Pelotas para Lavrinha todos os anos.
Na foto, Ana Lúcia - que eu chamo de Anazen, porque ela é um ser zen - e sua filha, Kika. Muito lindas, gurias!
Bolsa de Estudo
Eu sempre digo que rola muito dinheiro para bolsas de estudos entre os europeus. Muito dinheiro mesmo! Neste sentido, a Comunidade Européia nao poupa esforços. Existem programas em que os estudantes estudam um ano em cada país, até terminar o curso superior. Com isso, eles vao aprendendo vários idiomas e conhecendo várias culturas.
Hoje, numa reuniao com o professor que orientou minha tese, fiquei sabendo que três universidades européias fizeram um convênio para um máster de dois anos - equivalente ao mestrado, mas com um enfoque mais prático - sobre Aprendizagem Permanente (Educaçao).
A novidade: a grana vem da Comunidade Européia, mas nao é para os comunitários. Isto é, a bolsa de estudos é para quem nao é europeu, desde que fale o inglês fluentemente. As universidades sao: na Dinamarca, The Danish University of Education; na Inglaterra, University of London; e na Espanha, Universidad de Deusto (mais precisamente, em Bilbao).
Este professor com quem conversei é um dos diretores deste convênio. Ele me dizia que a divulgaçao deste curso foi em nível mundial...e que nao se apresentou nenhum brasileiro! E a bolsa é gorda! A matrícula de 12 mil euros (putz!) será paga pelo convênio, além de 20 meses de 1600 euros.
O curso será nos três países - 6 meses em cada um e 6 meses para a preparaçao da dissertaçao, que pode ser feita em qualquer lugar. Fiquei perplexa! Ele, lamentando pelos brasileiros, me disse que os estudantes da India foram os que mais se apresentaram.
As informaçoes, para quem se interessar, estao em:
http://www.dpu.dk/site.asp?p=7107
O nome do projeto é European Masters in Lifelong Learning: Policy and Management.
Hoje, numa reuniao com o professor que orientou minha tese, fiquei sabendo que três universidades européias fizeram um convênio para um máster de dois anos - equivalente ao mestrado, mas com um enfoque mais prático - sobre Aprendizagem Permanente (Educaçao).
A novidade: a grana vem da Comunidade Européia, mas nao é para os comunitários. Isto é, a bolsa de estudos é para quem nao é europeu, desde que fale o inglês fluentemente. As universidades sao: na Dinamarca, The Danish University of Education; na Inglaterra, University of London; e na Espanha, Universidad de Deusto (mais precisamente, em Bilbao).
Este professor com quem conversei é um dos diretores deste convênio. Ele me dizia que a divulgaçao deste curso foi em nível mundial...e que nao se apresentou nenhum brasileiro! E a bolsa é gorda! A matrícula de 12 mil euros (putz!) será paga pelo convênio, além de 20 meses de 1600 euros.
O curso será nos três países - 6 meses em cada um e 6 meses para a preparaçao da dissertaçao, que pode ser feita em qualquer lugar. Fiquei perplexa! Ele, lamentando pelos brasileiros, me disse que os estudantes da India foram os que mais se apresentaram.
As informaçoes, para quem se interessar, estao em:
http://www.dpu.dk/site.asp?p=7107
O nome do projeto é European Masters in Lifelong Learning: Policy and Management.
A nova China
Os jornais comentam o despertar do gigante asiático: a China. Os chineses espalhados pelo mundo estao voltando às suas origens. Dizem que é o país do futuro. Também ouço isso em relaçao ao Brasil. Tomara que este futuro nao fique muito longe! Seria tao bom que o Brasil fosse o país do presente...ou que chegue logo este futuro tao prometido!
Shangai foi como Paris da Asia no século passado. Lembro de ver filmes onde apareciam a prostituiçao e a pobreza depois que Mao a tomou, em 1949 - momento em que os capitalistas fugiram e o comércio internacional parou. Tudo se transferiu para Hong Kong. Agora, estamos vendo o renascimento desta cidade que, segundo seus habitantes, vai superar Hong Kong como centro financeiro da China e, provavelmente, da Asia toda.
Nao há dúvida de que os chineses estao colocando bastante energia neste renascimento. A língua chinesa já virou moda no mundo ocidental. Muitos países incentivam o ensino e a aprendizagem desta língua, pois os negócios dependem do entendimento e da interpenetraçao das culturas. É a interculturalidade. Eu acho ótimo! Já tô doidinha para ver o mandarim se instalando. O interessante é que nao adianta falar inglês na China, porque eles nao conhecem bem este idioma e preferem seguir com o mandarim. Neste sentido, a supremacia do inglês pode ser/estar abalada.
Ainda nao sei bem se os símbolos seguintes significam amor ou amante: 愛人 ... mas já estou no caminho de dominar o mandarim!
Meu ídolo
Um dos meus ídolos, Paulinho da Viola, disse: Hoje, um desfile de domingo no Carnaval atende um milhão de interesses. Verdade!
Ame
(Paulinho da Viola e Elton Medeiros)
Ame
Seja como for
Sem medo de sofrer
Pintou desilusão
Não tenha medo não
O tempo poderá lhe dizer
Que tudo
Traz alguma dor
E o bem de revelar
Que tal felicidade
Sempre tão fugaz
A gente tem que conquistar
Por que se negar?
Com tanto querer?
Por que não se dar
Por quê?
Ame
(Paulinho da Viola e Elton Medeiros)
Ame
Seja como for
Sem medo de sofrer
Pintou desilusão
Não tenha medo não
O tempo poderá lhe dizer
Que tudo
Traz alguma dor
E o bem de revelar
Que tal felicidade
Sempre tão fugaz
A gente tem que conquistar
Por que se negar?
Com tanto querer?
Por que não se dar
Por quê?
terça-feira, fevereiro 28, 2006
Friiiiiio!
Contem tuuuuuuudinho
Galera, vamos voltando do carnaval....plis! O mundo online - o do Brasil, principalmente - nao pára, mas, nestes dias, desaqueceu muito. Ficou morno. Tá bom de tanta brincadeira! (será que a minha inveja branca tá mudando de cor? será que é o clima gris de Bilbao que me deixa assim?). Os que caíram na folia, por favor, contem tuuuuuudinho; os que nao caíram tb.
Mario Quintana
Este poeta é sinônimo de doçura, de fina percepçao e de sensibilidade. Seus versos expressam a delicadeza de espírito e a visao particular do amor e da vida. Ele dizia viver a luta amorosa com as palavras. Na verdade, ele dá a impressao que sempre foi um ser amoroso em tudo o que fazia.
Na minha infância/adolescência, ele foi uma referência literária de peso. Eu tinha uma professora de Português que era sua amiga pessoal. Ela o convidou para uma conversa na nossa sala de aula, numa visita dele a Santa Maria (RS). Seu tamanho, seu sorriso, suas palavras e sua delicadeza cativaram a todos na sala. Ele era muito meigo, simpático e educado.
Lembro que, depois desta visita, passamos um bom tempo buscando e trocando poemas dele. Fizemos trabalhos sobre sua vida e sua obra. Mas, sem dúvidas, o mais importante e significativo para todos nós é que escrevíamos cartas coletivas, animados pela professora...e ele respondia! Era uma emoçao! Suas palavras eram magia e encantamento para nós.
Hoje, depois de tantos anos daquele encontro/descoberta, continuo com o mesmo sentimento ao ler suas palavras: admiraçao!
Com o tempo, você vai percebendo
que, para ser feliz,
você precisa aprender a gostar de você,
a cuidar de você e, principalmente,
a gostar de quem também gosta de você...
O segredo não é correr atrás das borboletas...
É cuidar do jardim para que elas venham até você!
Um sábio e um dos grandes do Brasil!
Na minha infância/adolescência, ele foi uma referência literária de peso. Eu tinha uma professora de Português que era sua amiga pessoal. Ela o convidou para uma conversa na nossa sala de aula, numa visita dele a Santa Maria (RS). Seu tamanho, seu sorriso, suas palavras e sua delicadeza cativaram a todos na sala. Ele era muito meigo, simpático e educado.
Lembro que, depois desta visita, passamos um bom tempo buscando e trocando poemas dele. Fizemos trabalhos sobre sua vida e sua obra. Mas, sem dúvidas, o mais importante e significativo para todos nós é que escrevíamos cartas coletivas, animados pela professora...e ele respondia! Era uma emoçao! Suas palavras eram magia e encantamento para nós.
Hoje, depois de tantos anos daquele encontro/descoberta, continuo com o mesmo sentimento ao ler suas palavras: admiraçao!
Com o tempo, você vai percebendo
que, para ser feliz,
você precisa aprender a gostar de você,
a cuidar de você e, principalmente,
a gostar de quem também gosta de você...
O segredo não é correr atrás das borboletas...
É cuidar do jardim para que elas venham até você!
Um sábio e um dos grandes do Brasil!
Subscrever:
Mensagens (Atom)