O calor chegou pra valer na terra de Cervantes. Pleno verano! Me canso e me esgoto com dias assim, onde as temperaturas subterrâneas - ando muito de metrô - desta cidade se aproximam ao que deve ser o inferno legítimo.
Agora, escrevendo isso, lembrei de um tia minha, tia Marina, que passava todo o verao reclamando do calor e todo o inverno reclamando do frio. Sua reclamaçao era com o tempo, qualquer que fosse ele.
Entao, no sábado, quando vi que o dia seria exaustivo novamente, peguei uma toalha, um sanduíche, uma coca-cola, um jornal, uma revista de psicologia e um livro do Dalai Lama, e me atirei embaixo de algumas árvores centenárias. A sensaçao foi tao perfeita, que eu nao conseguia me mexer. Ali, embaixo daqueles árvores seculares, ouvi o som dos passarinhos, senti o vento fazer carinho na pele, pensei em tantas pessoas e em tantos momentos....deixei meu corpo entrar em sintonia com a natureza. Relaxei completamente...até sentir que as formigas me subiam pelos pés e me tiravam furiosamente do êxtase. Afastei as danadas e voltei a deitar. Senti que estava com preguiça até de ler. Passada uma hora em que eu só pensei e semi-dormi, abri o jornal. Fui passando as páginas devagarinho, sem muita energia e interesse, quando, de repente, numa página inteira da seçao de cultura, vejo o meu Chico Buarque. Uma página inteira! Com foto e tudo! Minha energia e meu interesse se chocaram um contra o outro, se sacudiram e voltaram à tona, imediatamente. Ali estava ele, mais velho, delgado e sábio.
Grande! Inigualável! O jornal o comparava, como letrista, a Bob Dylan. Eu, na minha modesta opiniao, acho que ele é um gêêênio.
Adoro quando outras culturas reverenciam a arte e os talentos existentes na nossa terra!
segunda-feira, junho 19, 2006
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3 comentários:
tu, o dalai e o chico...imaginei vcs 3 e um microfone unindo-os...grande trio...
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